segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Nanotecnologia cria nova geração de materiais para a saúde

Nanopartículas de polímeros biocompatíveis que liberam controladamente no pulmão medicamentos contra a tuberculose, biomateriais com porosidade controlada que melhoram a fixação dos implantes cirúrgicos, nanomembranas capazes de reter desde o sal da água do mar até substâncias tóxicas do sangue. Frutos das pesquisas em nanotecnologia, esses novos materiais estão sendo desenvolvidos pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT). Abrangendo áreas de atuação do INT como processamento e caracterização de materiais e catálise e processos químicos, a nanotecnologia traz inovação ao nível da estrutura da matéria. Atuando na escala do nanômetro, unidade de medida que equivale a um milionésimo do milímetro, com auxílio de microscópios eletrônicos de varredura, esta tecnologia tem permitido o desenvolvimento de novos materiais, como nanocompósitos, biomateriais, catalisadores, fármacos e semicondutores.

Os biomateriais com porosidade controlada minimizam os danos aos tecidos humanos em contato com implantes cirúrgicos, favorecendo a recuperação do paciente e prolongando a duração do material implantado. O sistema permite o crescimento ósseo nos poros da superfície do material, e essa ancoragem garante a transferência perfeita da carga exercida entre o osso e o implante. A caracterização do contato entre as células e os biomateriais dos implantes é realizada pelo Laboratório de Pós do INT. A pesquisa desenvolve métodos para modificar a superfície de titânio, tais como o depósito de revestimentos biocerâmicos nanométricos e a superfície com nanoporosidade induzida. Essas tecnologias poderão, em breve, ser transferidas para empresas e repercutirem na introdução de novos implantes no mercado nacional.

Outra nanotecnologia inovadora desenvolvida no Laboratório de Pós do INT consiste na produção de nanopartículas de polímeros biocompatíveis capazes de conduzir e liberar controladamente no pulmão os tuberculostáticos, drogas usadas no tratamento da tuberculose. A solução, gerada em parceria com a Universidade Federal Fluminense, aprimora o tratamento por aerossóis. Pulverizadas nos pulmões, as nanocápsulas poliméricas veiculam três medicamentos num único sistema, aumentando sua eficácia e reduzindo a dosagem e, conseqüentemente, os efeitos tóxicos das substâncias. Já as nanomembranas cerâmicas com porosidade e permeabilidade controladas foram desenvolvidas inicialmente para a dessalinização da água, pois selecionam íons salinos, bem como podem reter bactérias e particulados para tornar a água potável. Sua aplicação, no entanto, foi estendida à área de saúde com a possibilidade de uso na hemodiálise: a nanomembrana filtra com eficiência substâncias indesejáveis do sangue.

Todos esses avanços desenvolvidos pelo INT e mais uma visão geral sobre as possibilidades da Nanotecnologia podem ser conhecidos pelo público no evento `Terças Tecnológicas`, que acontece na próxima terça-feira (17/11), às 14h30, no auditório do Instituto, no Rio de Janeiro. Destinada especialmente ao público universitário, a apresentação tem entrada gratuita, com inscrições pelo site www.int.gov.br e os participantes têm direito a certificado de participação.

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Musicografia em braille recebe inscrições

A etapa gaúcha do projeto "Musicografia em Braille", que capacita professores a trabalharem com músicas e estudantes cegos, ocorrerá entre os dias 11 e 13. A prefeitura participa da organização do evento. A proposta é baseada no software Musibraille, que há dez anos prepara profissionais que ensinarão música a estudantes com deficiência visual. As inscrições podem ser feitas no site http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille. Os 25 professores de música da rede municipal de ensino serão convidados a participar da capacitação. Eles irão conhecer o funcionamento do software Musibrailler, que transcreve textos musicais (partituras) de qualquer complexidade para a forma tátil. A oficina é organizada pelas secretarias municipais de Acessibilidade e Inclusão Social (Seacis), Educação (Smed), Cultura (SMC) e Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa).
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