sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Oftalmologista mineiro cria invenção revolucionária para cegos

Uma invenção brasileira que permite aos cegos se locomoverem sem a ajuda de bengala será apresentada no XXXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia, que acontece em Belo Horizonte, de 24 a 27 de agosto.

No Brasil estima-se que existam 1,2 milhão de cegos e muitos deles têm dificuldade para se locomover com a bengala. O quirófaro, como está sendo chamada a invenção do oftalmologista Leonardo Gontijo, surge como uma opção revolucionária. O médico mineiro irá apresentar a novidade aos mais de cinco mil médicos do Brasil e do exterior que participarão do encontro através de um vídeo com demonstrações do equipamento.

O quirófaro consiste em sensores espalhados pelo corpo na região dos joelhos, na cintura e no peito. Eles emitem vibrações quando os objetos estiverem a 1,5m de distância das pessoas permitindo aos cegos se desviarem de obstáculos. "Esse é um grande avanço que irá dar mais qualidade de vida aos cegos. As bengalas não impedem que esses indivíduos se choquem com obstáculos acima da cintura. Agora vai ser possível dar mobilidade com segurança", alegra-se Gontijo.

O oftalmologista levou seis meses para desenvolver o quirófaro em parceria com um eletrotécnico. O equipamento foi testado em um grupo de cegos e obteve resultados animadores. "Ficamos satisfeitos com os testes. Acredito que esse equipamento no futuro será indispensável para os portadores de deficiência visual". O oftalmologista ainda destaca que o aparelho poderá ser usado por todos os deficientes visuais, mas acredita que será ainda mais importante para aqueles que ficaram cegos depois de adultos. "O indivíduo que é cego de nascença desenvolve outras habilidades e tem facilidade para utilizar a bengala. No entanto, quem passa a ser cego possui mais dificuldade para se adaptar".

O quirófaro ainda não está disponível para compra e está em fase de patente junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O equipamento já chamou a atenção de uma empresa em São Paulo que se interessou em produzi-lo em escala industrial.
Fonte: ABN Agência Brasileira de Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário